Algum Itabirano já parou para pensar em Itabira sem a Vale? Sem o fluxo dos ônibus que transitam com os empregados pela cidade? Sem o som das locomotivas subindo e descendo morros? Sem os empregados uniformizados andando pelas ruas? E sem a rica arrecadação mensal?
Por tanto, pergunto: O que segura uma empresa global em Itabira hoje?
- Tradição em mineração entre famílias
- Mão de obra especializada e a melhor do mundo no ramo de mineração;
- Ou o berço da Mineradora;
E talvez o que não segura:
- Mina do Cauê exaurida?
- Mina Conceição com pouco tempo para exploração?
- Mina do Meio, próxima às casas da Vila Paciência, Pará e Vila Amélia?
- Os gigantes caminhões precisam deslocar uma boa distância para chegarem até o britador da mina do Cauê?
Porque somente agora com centenas de demissões durante uma crise mundial, resolvemos protestar criando audiências públicas e acompanhando o sindicato? Por qual razão não manifestamos quando Itabira foi eleita à cidade que mais gerou emprego? Ou quando a cidade estava bem posicionada na tabela de cidades que mais arrecadam em Minas? Então quando inauguramos juntos com a mineradora vários benefícios para a cidade?
Deveríamos ter convidado lideranças locais da mineradora para participarem de audiências públicas no momento ‘das vacas gordas’ ou será que naquele momento Itabira não tinha problemas do tipo auto-sustentabilidade?
Precisamos esquecer a Vale e colocar nossos pés no chão. A empresa, simplesmente, pode cumprir, de acordo com a lei de licenciamento para exploração mineral, seus deveres ambientais e sociais na cidade e direcionar seus investimentos no norte do país, onde tem concentrado mais da metade de toda sua produção mineral.
Volto a afirmar que precisamos parar de gastar energia em brigas sem fundamentos e focarmos em planejamento futuros para elaboração de novas fontes de renda para a cidade, motivando e investindo no empreendedorismo, esporte, cultura, turismo e principalmente na educação. Dessa forma, vamos fazer de Itabira uma cidade de referência com várias atividades econômicas além do seu minério de ferro.