sexta-feira, 22 de maio de 2009

O que segura a Vale em Itabira?

Algum Itabirano já parou para pensar em Itabira sem a Vale? Sem o fluxo dos ônibus que transitam com os empregados pela cidade? Sem o som das locomotivas subindo e descendo morros? Sem os empregados uniformizados andando pelas ruas? E sem a rica arrecadação mensal?


Por tanto, pergunto: O que segura uma empresa global em Itabira hoje?

- Tradição em mineração entre famílias
- Mão de obra especializada e a melhor do mundo no ramo de mineração;
- Ou o berço da Mineradora;

E talvez o que não segura:
- Mina do Cauê exaurida?
- Mina Conceição com pouco tempo para exploração?
- Mina do Meio, próxima às casas da Vila Paciência, Pará e Vila Amélia?

- Os gigantes caminhões precisam deslocar uma boa distância para chegarem até o britador da mina do Cauê?

Porque somente agora com centenas de demissões durante uma crise mundial, resolvemos protestar criando audiências públicas e acompanhando o sindicato? Por qual razão não manifestamos quando Itabira foi eleita à cidade que mais gerou emprego? Ou quando a cidade estava bem posicionada na tabela de cidades que mais arrecadam em Minas? Então quando inauguramos juntos com a mineradora vários benefícios para a cidade?

Deveríamos ter convidado lideranças locais da mineradora para participarem de audiências públicas no momento ‘das vacas gordas’ ou será que naquele momento Itabira não tinha problemas do tipo auto-sustentabilidade?

Precisamos esquecer a Vale e colocar nossos pés no chão. A empresa, simplesmente, pode cumprir, de acordo com a lei de licenciamento para exploração mineral, seus deveres ambientais e sociais na cidade e direcionar seus investimentos no norte do país, onde tem concentrado mais da metade de toda sua produção mineral.

Volto a afirmar que precisamos parar de gastar energia em brigas sem fundamentos e focarmos em planejamento futuros para elaboração de novas fontes de renda para a cidade, motivando e investindo no empreendedorismo, esporte, cultura, turismo e principalmente na educação. Dessa forma, vamos fazer de Itabira uma cidade de referência com várias atividades econômicas além do seu minério de ferro.

Um comentário:

  1. Caro Érico,

    Parabéns pela iniciativa na busca de uma melhor itabira. Ja houve outras iniciativas de discutir outras vias para Itabira. Mas foram mal interpretadas e ai ficou no esquecimento. Não sei se lembra quando foi criado os museu de territorios? quando iniciou a discussão ou a montagem o museu do tropeiro? quando teve a primeira audiencia para discutir o passivo ambiental da Vale com Itabira? foram momentos interessantes que aconteceram e nossa cidade.
    Hoje temos uma Itabira preocupada, sem rumo. Um governo que não esta nem ai para isso. Não há participação popular nos movimentos. Não há incentivo para uma educaçãop mais crítica. Infelismente estamos isolados.
    Ainda ha tempo e podemos embarcar nessa empreitada para melhorar Itabira e fazer dela livre da mineração com a mineração.
    Alternativas como o Turismo Rural, Turismo Cultural e Drummondiano; Estrada Real; Belezas naturais da região rural;e as próprias características da mineração na zona Urbana pode virar um atrativo turístico.
    É preciso investir em capacitação séria, sem revanchismo ou perseguições.
    Itabira Merece mais que simplesmente ser um retrato na parede do grande poeta.

    Marconi Coura

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